Prova do Enade testa alunos no domingo em Joinville

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes mede a qualidade do ensino superior no País

Às vésperas de concluir o curso de terapia ocupacional na Associação Catarinense de Ensino (ACE), único do Estado atualmente, a estudante Scarlet Murara, de 23 anos, volta à sala de aula neste domingo para uma espécie de vestibular.
Ela é uma dos joinvilenses que vão prestar o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que mede a qualidade do ensino superior no País e pode garantir bolsa de pós-graduação aos mais bem colocados.
O exame deste ano vai avaliar os cursos superiores da área de saúde (inclui também veterinária e agronomia, por exemplo) e cinco formações de tecnólogo (como gestão hospitalar e técnico em radiologia).
A prova é obrigatório a alunos iniciantes (que fizeram de 7% a 22% da carga horária até 2 de agosto) e concluintes (que cursaram mais de 80% da carga). A estrutura da faculdade e a qualificação dos professores também conta. No final, tudo é somado e gera nota de zero a cinco para o curso.
Em 2009, quando foram avaliadas as áreas de engenharias e humanas, a cidade atingiu nota quatro em sete cursos da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc) e em história, da Univille. A expectativa, segundo as universidades, é manter os mesmos conceitos ou quem sabe atingir a nota cinco (conquistada, na maioria, pelas federais) na avaliação deste ano.

A terapia ocupacional na ACE já foi avaliada há quatro anos, quando recebeu conceito quatro. Scarlet era caloura quando participou da primeira prova. Agora, espera mostrar o que aprendeu. Para manter o conceito, segundo a gestora do curso, Winny Keller, a faculdade têm oferecido aulas preparatórias e seminários aos 56 alunos de primeiro e do último ano.
— Para nós, do último ano, acabou sendo uma maneira de rever assuntos do curso e de ter contato com a parte mais política, como a inserção da profissão na sociedade, o panorama mundial —, diz a aluna.
O estágio do qual ela participa, na clínica da faculdade, que atende a comunidade, também conta pontos na nota do curso. Para o professor Alfredo Fernandes Batista, supervisor da clínica, o importante é o aluno estar conectado com as novidades da profissão, a aplicação no País e a importância para a sociedade.
— O Enade prioriza conhecimentos gerais e não apenas técnicos sobre a profissão —, explica.
O conselho vale para todos os cursos avaliados este ano.
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Fonte: AN.COM.BR